Interditado, Moacyrzão tem novo laudo vencido

Sem o laudo de engenharia desde maio, nesta sexta-feira expirou o da Vigilância Sanitária do estádio

Fechado desde o fim de janeiro deste ano, Moacyrzão está agora sem dois laudos obrigatórios (Foto: Tiago Ferreira)

 

TIAGO FERREIRA / ESPORTE PRESS BRASIL

 

Abandonado pela Prefeitura de Macaé, o Estádio Municipal Cláudio Moacyr de Azevedo – o Moacyrzão – está interditado pela Defesa Civil desde o início do ano. No último dia 5 de maio, o espaço ficou impedido de receber jogos de competições profissionais, com o vencimento do Laudo de Verificação de Engenharia (LVE). E nesta sexta-feira (02), para completar o descaso da municipalidade com o estádio, expirou o laudo da Vigilância Sanitária, conforme informações da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj).

No dia 6 de julho, o portal Esporte Press Brasil publicou uma reportagem especial denunciando todos os problemas do Moacyrzão, especialmente com relação às estruturas metálicas da cobertura, que ameaçam desabar, e a corrosão dos alambrados. Adquirido pelo município em 2007, o estádio foi remodelado na gestão do ex-prefeito Riverton Mussi. Foram investidos cerca de R$ 21 milhões nas obras do Moacyrzão, que passou a ter capacidade para 16.000 torcedores.

O Moacyrzão está interditado pela Defesa Civil Municipal desde o final de janeiro deste ano. No dia 20 daquele mesmo mês, no seu último jogo oficial, o estádio ganhou repercussão nacional, só que de forma negativa. Em duelo válido pela primeira rodada da Taça Guanabara, Cabofriense e Botafogo se enfrentavam e dois episódios fizeram o município interditar o estádio: o primeiro motivo foi a presença de insetos (acredita-se em marimbondos) em uma das traves e, o segundo, o incêndio em um dos refletores.

Planilha com os laudos técnicos dos principais estádios do Rio pode ser acessada no site da Federação

 

No dia 29 de janeiro, em nota publicada em seu site, a Prefeitura de Macaé anunciou obras de melhorias no estádio, principalmente com relação à manutenção das arquibancadas. Porém, a única ação feita foi a retirada da cobertura do lance de arquibancada que fica ao lado da rodovia. Sob a alegação do risco de queda da estrutura, o executivo afirmou à época que a maior preocupação era com os alunos da Escola Municipal de Educação Infantil Dr. Juventino da Silva Pacheco, que funciona sob esta arquibancada.

Com o estádio fechado, as duas equipes profissionais da cidade passaram a ser obrigadas a levar os seus jogos para Cardoso Moreira (a 150 km de Macaé). Ameaçado de rebaixamento, o Macaé teve que jogar o Grupo X do Campeonato Carioca no Estádio Antônio Ferreira de Medeiros. O Leão não venceu um jogo sequer no local (dois empates e uma derrota), mas escapou da queda porque conseguiu os pontos necessários na casa dos adversários. Situação idêntica vive o Serra Macaense, que desde o início de junho iniciou a sua disputa na Série B1 do Campeonato Carioca e manda os seus jogos em Cardoso Moreira.

Até o momento, a Prefeitura de Macaé não respondeu aos questionamentos do Esporte Press Brasil, mas o espaço segue aberto para os devidos esclarecimentos.

 

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