CHALLENGER SERIES: JOÃO CHIANCA É O BRASIL NESTE DOMINGO DECISIVO DO VANS US OPEN OF SURFING
- Peruano Lucca Mesinas ficou em 5.o lugar nas quartas de final - Chloé Calmon também parou nas quartas de final do Longboard - Brasileira passou pela peruana Maria Fernanda Reyes nas oitavas - Semifinais abrem o domingo às 11h30 (horário no Brasi
João Chianca fazendo um novo recorde de pontos no Vans US Open of Surfing de 2022 (Crédito: @WSL / Beatriz Ryder)
São Paulo, agosto de 2022 - O brasileiro João Chianca foi o único surfista da América do Sul a se classificar para esse domingo decisivo do Vans US Open of Surfing na Califórnia, Estados Unidos. Ele fez a melhor apresentação do sábado em Huntington Beach, batendo o recorde de pontos desta quarta etapa do World Surf League (WSL) Challenger Series. O peruano Lucca Mesinas perdeu nas quartas de final, como a brasileira Chloé Calmon depois de vencer o duelo sul-americano de longboard com a peruana Maria Fernanda Reyes nas oitavas de final do Vans Duct Tape Invitational.
As semifinais femininas da segunda etapa do World Surf League (WSL) Longboard Tour, vão abrir esse domingo decisivo do maior campeonato de surfe dos Estados Unidos. As baterias começam às 7h30 na Califórnia, 11h30 no Brasil, com transmissão ao vivo pelo site e pelo aplicativo da WSL. Depois das meninas, acontecem as semifinais masculinas do longboard, seguidas pelas semifinais femininas e masculinas da etapa californiana do WSL Challenger Series.
O brasileiro João Chianca vai entrar na última batalha por vagas na decisão do título do Vans US Open of Surfing, com o norte-americano Evan Geiselman. A primeira semifinal será entre o havaiano Ezekiel Lau e outro californiano, Eithan Osborne, que derrotou o peruano Lucca Mesinas no segundo duelo das quartas de final. O grande destaque do sábado em Huntington Beach foi o João Chumbinho, que derrotou o australiano Ryan Callinan com um novo recorde de 16,40 pontos no Challenger Series dos Estados Unidos.
"Eu fiquei muito nervoso depois da nota 8 na minha primeira onda, porque as duas que surfei depois e foram boas também, as notas foram bem mais baixas", disse João Chianca. "Fiquei tentando descobrir o que eu precisava fazer para tirar outro 8. Eu bloqueei o Ryan (Callinan) numa onda que parecia ser boa, consegui fazer duas manobras fortes no outside e finalizar bem no inside, aí veio 8,40. Foi melhor do que a primeira e fiquei feliz pela nota."
O brasileiro já começou bem a bateria, pegando uma esquerda que armou a parede para combinar dois ataques potentes de backside no outside, seguindo na onda quando ela virou para a direita e mandou mais uma manobra forte na junção para finalizar. Os juízes deram nota 8, a maior do dia. O australiano também achou uma esquerda boa e arriscou um aéreo rodando que valeu 7,07. Quando ele ameaçou assumir a liderança com um 5,67, Chumbinho respondeu com 6,23 em outra esquerda que rendeu duas manobras.
Depois, os dois ficaram lado a lado esperando entrar mais ondas e João Chianca escolheu bem novamente. Ele pegou uma esquerda mandando dois snaps muito fortes invertendo a direção da prancha, conectando para a direita para seguir atacando de frontside com um rasgadão e um pancadão na junção. A onda arrancou a segunda maior nota do evento, 8,40. Com ela, Chumbinho aumentou o recorde de pontos para 16,40, batendo os 15,74 do havaiano Imaikalani Devault.
"No começo do ano, eu cometi alguns erros em baterias homem a homem e, apesar de ter me classificado para o CT no ano passado, eu nunca tinha passado das quartas de final em etapas do Challenger Series", destacou João Chianca. "Aqui, fiquei calculando as notas, analisando o que fazia nas ondas. Fiquei focado também em fazer uma boa escolha das ondas e o Ryan (Callinan) é um grande surfista, então tinha que ter muito cuidado com ele. Acredito que as decisões que tomei nesta bateria, deram resultado e estou feliz com meu desempenho".
Vagas no G-10 - João Chianca estreou na seleção brasileira do WSL Championship Tour esse ano fazendo grandes apresentações, porém acabou saindo da elite no novo corte no meio da temporada. Ele tenta recuperar a vaga perdida no WSL Challenger Series, mas não começou bem. Chumbinho chegou na Califórnia em 62º no ranking e já aparece em vigésimo lugar, com a classificação para as semifinais. Se passar para a final, ele entra no grupo dos 10 que serão indicados para completar a elite dos top-34 do CT em 2023.
Quatro surfistas já ingressaram no G-10 no Vans US Open of Surfing, os havaianos Ezekiel Lau e Imaikalani Devault, o marroquino Ramzi Boukhiam e o californiano Eithan Osborne, quando derrotou o peruano Lucca Mesinas no sábado. Eles tiraram da lista o brasileiro Michael Rodrigues, que se contundiu na etapa da África do Sul e não competiu na Califórnia, o australiano Morgan Cibilic e os franceses Gatien Delahaye e Maxime Huscenot. Lucca Mesinas ficou em quinto lugar no US Open e subiu da 44.a para a 19ª posição no ranking, à frente do João Chianca, que já aparece na vigésima colocação.
G-5 feminino – Nas quartas de final femininas, que abriram o sábado, duas surfistas entraram no grupo das top-5 do Challenger Series, que se classificarão para o Championship Tour de 2023. A primeira foi Bettylou Sakura Johnson, que estreou no CT este ano, mas perdeu a vaga no corte da elite no meio da temporada. A havaiana ganhou um confronto direto com a australiana Bronte Macaulay. As duas estavam empatadas em sexto lugar e Bettylou avançou para a quarta posição com a vitória, tirando a portuguesa Teresa Bonvalot da lista.
A outra que entrou no G-5 com a passagem para as semifinais no sábado foi Sophie McCulloch, quando barrou a líder do WSL Challenger Series 2022 e defensora do título do Vans US Open of Surfing, a jovem norte-americana Caitlin Simmers, de apenas 16 anos de idade. A australiana chegou na Califórnia em oitavo lugar no ranking e assumiu a quinta posição, que estava sendo ocupada pela sua compatriota, Nikki Van Dijk.
As duas novidades no G-5, Bettylou Sakura Johnson e Sophie McCulloch, vão se enfrentar na segunda semifinal na manhã deste domingo em Huntington Beach. A primeira vaga para a grande final, será disputada pela norte-americana Caroline Marks e a australiana Macy Callaghan, que subiu da quinta para a terceira posição no ranking. Ela derrotou a japonesa Amuro Tsuzuki no primeiro confronto do sábado e Caroline barrou a vice-líder, Molly Picklum, da Austrália.
Mundial de Longboard - Depois das quartas de final do WSL Challenger Series, foram iniciadas as oitavas de final da segunda etapa do Circuito Mundial de Longboard da World Surf League. A terceira bateria foi uma reedição da decisão do título sul-americano de 2021 da WSL Latin America no Saquarema Surf Festival e o resultado se repetiu em Huntington Beach. A campeã, Chloé Calmon, pegou as melhores ondas e conseguiu uma nota 7,00, para derrotar a peruana Maria Fernanda Reyes por uma tranquila vantagem de 12,83 a 8,60 pontos.
A carioca foi vice-campeã na etapa de abertura do WSL Longboard Tour 2022 na Austrália e seguiu defendendo o segundo lugar no ranking nas quartas de final. Mas, as condições do mar já haviam mudado bastante no fim do dia e Chloé Calmon não conseguiu achar nenhuma onda boa para surfar. A havaiana Kelis Kaleopaa teve mais sorte em pegar uma que valeu 5,83 e venceu por 9,66 pontos, contra apenas 4,20 da brasileira, que somou notas 2,50 e 1,70.
A líder do ranking e tricampeã mundial, Honolua Blomfield, ganhou a bateria seguinte e vai enfrentar a californiana Rachael Tilly na segunda semifinal. A primeira será outro duelo norte-americano entre surfistas do Havaí e da Califórnia, Kelis Kaleopaa e Kaitlin Mikkelsen, respectivamente. Kaitlin e Rachael são as únicas que podem tirar a vice-liderança do ranking de Chloé Calmon no domingo. Mas a brasileira segue firme na briga do título, que será decidido na terceira e última etapa, em Malibu Beach, também na Califórnia.
BATERIAS QUE VÃO ABRIR O DOMINGO NA CALIFÓRNIA:
7h35: SEMIFINAIS DO LONGBOARD - 3.o lugar com 3.042 pontos:
1.a: Kaitlin Mikkelsen (EUA) x Kelis Kaleopaa (HAV)
2.a: Honolua Blomfield (HAV) x Rachael Tilly (EUA)
8h35: SEMIFINAIS - 3.o lugar com 3.042 pontos:
1.a: Taylor Jensen (EUA) x Kaimana Takayama (EUA)
2.a: Kaniela Stewart (HAV) x Justin Quintal (EUA)
9h35: SEMIFINAIS DO CHALLENGER - 3.o lugar com 6.085 pontos:
1.a: Caroline Marks (EUA) x Macy Callaghan (AUS)
2.a: Bettylou Sakura Johnson (HAV) x Sophie McCulloch (AUS)
10h35: SEMIFINAIS - 3.o lugar com 6.085 pontos:
1.a: Ezekiel Lau (HAV) x Eithan Osborne (EUA)
2.a: João Chianca (BRA) x Evan Geiselman (EUA)
RESULTADOS DO SÁBADO EM HUNTINGON BEACH:
VANS US OPEN OF SURFING – WSL CHALLENGER SERIES:
QUARTAS DE FINAL - 5.o lugar com US$ 3.500 e 4.745 pts:
1.a: Macy Callaghan (AUS) 11,34 x 9,03 Amuro Tsuzuki (JPN)
2.a: Caroline Marks (EUA) 14,46 x 9,30 Molly Picklum (AUS)
3.a: Bettylou Sakura Johnson (HAV) 13,33 x 12,50 Bronte Macaulay (AUS)
4.a: Sophie McCulloch (AUS) 13,24 x 8,43 Caitlin Simmers (EUA)
QUARTAS DE FINAL - 5.o lugar com US$ 3.500 e 4.745 pts:
1.a: Ezekiel Lau (HAV) 12,17 x 12,10 Liam O´Brien (AUS)
2.a: Eithan Osborne (EUA) 13,87 x 12,60 Lucca Mesinas (PER)
3.a: Evan Geiselman (EUA) 13,17 x 9,46 Joel Vaughan (AUS)
4.a: João Chianca (BRA) 16,40 x 12,74 Ryan Callinan (AUS)
VANS DUCT TAPE INVITATIONAL – WSL LONGBOARD TOUR:
OITAVAS DE FINAL - 9.o lugar com 1.575 pontos:
1.a: Kaitlin Mikkelsen (EUA) 9,17 x 5,77 Alice Lemoigne (FRA)
2.a: Avalon Gall (EUA) 11,33 x 6,96 Sally Cohen (HAV)
3.a: Chloé Calmon (BRA) 12,83 x 8,60 Maria Fernanda Reyes (PER)
4.a: Kelis Kaleopaa (HAV) 13,06 x 11,47 Lindsay Steinriede (EUA)
5.a: Honolua Blomfield (HAV) 9,60 x 6,90 Hiroka Yoshikawa (JPN)
6.a: Sophia Culhane (HAV) 11,67 x 9,60 Tully White (AUS)
7.a: Soleil Errico (EUA) 13,00 x 7,96 Mason Schremmer (EUA)
8.a: Rachael Tilly (EUA) 12,84 x 6,17 Natsumi Taoka (JPN)
QUARTAS DE FINAL - 5.o lugar com 2.282 pontos:
1.a: Kaitlin Mikkelsen (EUA) 11,77 x 11,06 Avalon Gall (EUA)
2.a: Kelis Kaleopaa (HAV) 9,66 x 4,20 Chloé Calmon (BRA)
3.a: Honolua Blomfield (HAV) 10,03 x 6,97 Sophia Culhane (HAV)
4.a: Rachael Tilly (EUA) 12,17 x 8,77 Soleil Errico (EUA)
Sobre a WSL - Estabelecida em 1976, a World Surf Leaue (WSL) é a casa do melhor surfe do mundo. Uma empresa global de esportes, mídia e entretenimento, supervisiona circuitos e competições internacionais, tem uma divisão de estúdios de mídia que cria mais de 500 horas de conteúdo ao vivo e sob demanda, por meio da afiliada WaveCo, empresa que criou a melhor onda artificial de alto desempenho do mundo. Com sede em Santa Monica, Califórnia, possui escritórios regionais na América do Norte, América Latina, Ásia-Pacífico e EMEA. A WSL coroa anualmente os campeões mundiais de surfe profissional masculino e feminino. A divisão global de Circuitos supervisiona e opera mais de 180 competições globais a cada ano do Championship Tour e dos níveis de desenvolvimento, como o Challenger Series, Qualifying Series e Junior Series, bem como os circuitos de Longboard e Big Wave. Lançado em 2019, o WSL Studios é um produtor independente de projetos de televisão sem roteiros, incluindo documentários e séries, que fornecem acesso sem precedentes a atletas, eventos e locais globalmente. Os eventos e o conteúdo da WSL, são distribuídos na televisão linear para mais de 743 milhões de lares no mundo inteiro e em plataformas de mídia digital e social, incluindo o site da WSL A afiliada WaveCo inclui as instalações do Surf Ranch Lemoore e a utilização e licenciamento do Kelly Slater Wave System. A WSL é dedicada a mudar o mundo por meio do poder inspirador do surfe, criando eventos, experiências e histórias autênticas, a fim de motivar a sempre crescente comunidade global para viver com propósito, originalidade e entusiasmo. Para mais informações, visite o site da WSL
João Carvalho
WSL Latin America Media Manager
Gabriel Gontijo
WSL Latin America Communications
* Com informações da Casa do Bom Conteúdo