WSL MUNDIAL PRO JUNIOR: TÍTULOS DE 2022 FICAM COM PORTUGUESA E AUSTRALIANO
- Francisca Veselko derrotou a californiana Sawyer Lindblad - Jarvis Earle ganhou de outro norte-americano, Levi Slawson - Sol Aguirre e Laura Raupp perderam nas quartas de final - A peruana e a brasileira ficaram em quinto lugar nos EUA
Jarvis Earle e Francisca Veselko são os Campeões Mundial do WSL Pro Junior 2022
(Crédito Kenny Morris/WSL)
14 de Janeiro de 2023 – A portuguesa Francisca Veselko, 19 anos, e o australiano Jarvis Earle, 18, conquistaram os últimos títulos mundiais de 2022 da World Surf League, com as vitórias no Sambazon World Junior Championships hosted by Best Western na última sexta-feira (13), em San Diego, na Califórnia. As decisões foram contra surfistas dos Estados Unidos, com Francisca derrotando Sawyer Lindblad, 17 anos, e Jarvis batendo Levi Slawson, 19, com nota 9,50 em sua melhor onda na final em Seaside Reef. A peruana Sol Aguirre, 19, e a brasileira Laura Raupp, de apenas 16 anos, perderam nas quartas de final e terminaram em quinto lugar no evento que decidiu os campeões mundiais da categoria para surfistas com até 20 anos de idade.
Jarvis Earle, da Austrália, surfa na bateria 3 das quartas de final do Sambazon World Junior Championships de 2022 em 13 de janeiro de 2023 em San Diego, Califórnia.
(Foto de Kenny Morris/World Surf League)
O australiano Jarvis Earle foi o melhor surfista nas boas esquerdas de 6-8 pés da sexta-feira em San Diego. Nas quartas de final, ele arrancou a maior nota do campeonato com seu ataque fulminante de frontside, destruindo uma das maiores ondas do dia. Três dos cinco juízes deram nota 10, mas dois não e a média ficou em 9,93. Na grande final, ele repetiu a dose, surfando outra onda de forma incrível e recebeu nota 9,50, que sacramentou a vitória por 17,00 a 11,60 pontos do norte-americano Levi Slawson.
“Este evento foi insano de ondas e todos estavam arrebentando. Então, ser campeão num mar assim, significa muito. Nem consigo acreditar que venci”, disse Jarvis Earle. “A oportunidade de conseguir a vaga para o Challenger Series foi definitivamente o grande motivo para participar desse evento. Tenho até ido bem no QS regional, mas agora já garanti minha vaga, então não poderia estar mais feliz.”
Jarvis Earle e Francisca Veselko ganharam o prêmio máximo de 10.000 dólares do Sambazon World Junior Championships hosted by Best Western. Além disso, os títulos mundiais valiam vagas para o Challenger Series deste ano, o circuito de acesso para a elite do World Surf League Championship Tour. O australiano vai estrear nessa competição, mas a portuguesa já participou de todas as etapas no ano passado. Ela se classificou pelo escritório regional da WSL Europe e terminou em 33º lugar no ranking, que indicou as cinco primeiras para o CT 2023.
O título de Jarvis Earle foi o sexto conquistado pela Austrália na categoria masculina. O Brasil ainda é o recordista com nove vitórias nas 22 edições do Mundial Pro Junior, completadas na última sexta-feira, nos Estados Unidos. O australiano acabou impedindo que Levi Slawson se tornasse o primeiro norte-americano campeão mundial Junior da história. Aliás, o único título dos Estados Unidos foi o da Kirra Pinkerton em 2018, quando Mateus Herdy conquistou o oitavo do Brasil. No ano seguinte, veio o nono com Lucas Vicente também em Taiwan.
Esta foi a primeira vez que a decisão dos títulos mundiais da categoria Junior foi disputada na Califórnia. A expectativa da torcida era grande, porque os Estados Unidos chegaram nas duas finais. A primeira a entrar no mar foi a feminina e Sawyer Lindblad era a favorita, pois vinha se destacando com seu frontside agressivo nas esquerdas de Seaside Reef. Ela fez os recordes femininos do dia, contra a peruana Sol Aguirre nas quartas de final, nota 8,83 e 15,50 pontos.
Decisão feminina - Na decisão do título, Sawyer Lindblad começou na frente, com as notas 5,83 e 6,50 das primeiras ondas que surfou. Infelizmente, não entraram muitas ondas boas nos 35 minutos da bateria e ela não conseguiu surfar mais nada depois disso. Ao contrário, Francisca Veselko, que foi convidada pela WSL para participar do Sambazon World Junior Championships, surfava as esquerdas de backside, de costas para a onda. Ela tinha notas 5,47 e 4,40, mas ainda achou uma onda boa e manobrou forte, para ganhar nota 7,00 e confirmar o primeiro título mundial feminino Pro Junior de Portugal, por 12,47 a 12,33 pontos.
“Estou impressionada com o resultado e muito feliz. Eu vim para cá como convidada e só tenho que agradecer imensamente pela oportunidade”, disse Francisca Veselko. “Eu tinha a sensação de que venceria esse campeonato. Tudo estava dando certo a cada bateria, com as notas sempre aumentando a cada onda. Apesar de estar atrás o tempo todo na final, eu estava me sentindo confiante e sabia que poderia dar a volta por cima. Nossa, estou muito feliz.”
Sul-americanas - A participação sul-americana terminou nas quartas de final, nos duelos que abriram a sexta-feira decisiva na Califórnia. A brasileira Laura Raupp competiu na primeira do dia, que foi bem fraca de ondas. Ainda assim, a catarinense liderou a bateria toda, com as notas 3,83 e 3,77 das primeiras que surfou. A norte-americana Alyssa Spencer, campeã da etapa do Challenger Series de Saquarema em 2022, somente tinha feito uma que valeu 5,83. Mas, no final da bateria, pegou outra e a nota 2,10 foi suficiente para vencer por 7,93 a 7,60 pontos.
No confronto seguinte, a peruana Sol Aguirre começou bem com nota 6,00, mas Sawyer Lindblad destruiu a sua primeira onda, com várias manobras de frontside que valeram 8,83. A tetracampeã sul-americana Pro Junior assumiu a ponta com o 4,83 da sua segunda onda, só que a californiana voltou a liderar com nota 3,50. O mar deu uma parada e tudo foi decidido no minuto final. Sol Aguirre precisava de 7,54 para vencer e pegou uma onda boa para mostrar a potência do seu backside, acertando batidas e rasgadas muito fortes. Os juízes deram a virada com nota 8,17. Mas, Sawyer Lindblad também surfou bem sua onda e garantiu a vitória por 15,50 a 14,17 pontos, com a nota 6,67 recebida.
Com as derrotas nas quartas de final, Sol Aguirre e Laura Raupp terminaram em quinto lugar no Sambazon World Junior Championshipse no ranking mundial Pro Junior de 2022 da World Surf League. Elas receberam 2.000 dólares de prêmio e o restante do time sul-americano parou nas oitavas de final, na quinta-feira (12). Cauã Costa, Ryan Kainalo e Luana Silva do Brasil e a peruana Daniella Rosas, ficaram empatados em nono lugar e ganharam 1.500 dólares.
O Sambazon World Junior Championships hosted by Best Western foi realizado com patrocínios da Sambazon, Best Western, Sports San Diego, Board and Brew, Pura Vida, Sun Diego e Red Bull. Mais informações, notícias, fotos, videos e todos os resultados do evento que decidiu os títulos mundiais de 2022 da categoria Junior Sub-20 da World Surf League, podem ser acessadas no site da WSL
Alyssa Spencer dos Estados Unidos depois de surfar na bateria 1 das quartas de final do Sambazon World Junior Championships de 2022 em 13 de janeiro de 2023 em San Diego, Califórnia.
(Foto de Kenny Morris/World Surf League)
RESULTADOS DO ÚLTIMO DIA DO SAMBAZON WORLD JUNIOR:
DECISÃO DO TÍTULO MUNDIAL JUNIOR FEMININO:
Campeã: Francisca Veselko (PRT) por 12,47 pts (7,00+5,47) - US$ 10.000
Vice-campeã: Sawyer Lindblad (EUA) com 12,33 pts (6,50+5,83) - US$ 5.000
SEMIFINAIS – 3º lugar com US$ 2.500 de prêmio:
1.a: Sawyer Lindblad (EUA) 13,07 x 11,77 Alyssa Spencer (EUA)
2.a: Francisca Veselko (PRT) 14,33 x 12,50 Sierra Kerr (AUS)
QUARTAS DE FINAL – 5º lugar com US$ 2.000 de prêmio:
1.a: Alyssa Spencer (EUA) 7,93 x 7,60 Laura Raupp (BRA)
2.a: Sawyer Lindblad (EUA) 15,50 x 14,17 Sol Aguirre (PER)
3.a: Francisca Veselko (PRT) 13,33 x 9,67 Erin Brooks (CAN)
4.a: Sierra Kerr (AUS) 13,77 x 10,76 Zahli Kelly (AUS)
DECISÃO DO TÍTULO MUNDIAL JUNIOR MASCULINO:
Campeão: Jarvis Earle (AUS) por 17,00 pts (9,50+7,50) - US$ 10.000
Vice-campeão: Levi Slawson (EUA) com 11,60 pts (6,67+4,93) - US$ 5.000
SEMIFINAIS – 3º lugar com US$ 2.500 de prêmio:
1.a: Levi Slawson (EUA) 16,60 x 15,33 Eli Hanneman (HAV)
2.a: Jarvis Earle (AUS) 13,23 x 12,50 Alan Cleland (MEX)
QUARTAS DE FINAL – 5º lugar com US$ 2.000 de prêmio:
1.a: Eli Hanneman (HAV) 16,00 x 10,07 Brodi Sale (HAV)
2.a: Levi Slawson (EUA) 14,50 x 14,00 Kauli Vaast (FRA)
3.a: Jarvis Earle (AUS) 16,70 x 10,60 Oscar Berry (AUS)
4.a: Alan Cleland (MEX) 14,36 x 10,70 Jackson Bunch (HAV)
CAMPEÕES MUNDIAIS PRO JUNIOR DA WORLD SURF LEAGUE:
2022: Jarvis Earle (AUS) e Francisca Veselko (PRT) na Califórnia
2020 e 2021: Cancelado por causa da pandemia do Covid-19
2019: Lucas Vicente (BRA) e Amuro Tsuzuki (JPN) em Taiwan
2018: Mateus Herdy (BRA) e Kirra Pinkerton (EUA) em Taiwan
2017: Finn McGill (HAV) e Vahine Fierro (TAH) na Austrália
2016: Ethan Ewing (AUS) e Macy Callaghan (AUS) na Austrália
2015: Lucas Silveira (BRA) e Isabella Nichols (AUS) em Portugal
2014: Vasco Ribeiro (PRT) e Mahina Maeda (HAV) em Portugal
2013: Gabriel Medina (BRA) e Ella Willians (NZL) no HD World Junior no Brasil
2012: Jack Freestone (AUS) e Nikki Van Dijk (AUS) em Bali, na Indonésia
2011: Caio Ibelli (BRA) e Leila Hurst (HAV) na Indonésia, Brasil, Austrália
2010: Jack Freestone (AUS) e Alizee Arnaud (FRA) na Indonésia e Austrália
2009: Maxime Huscenot (FRA) e Laura Enever (AUS) na Austrália
2008: Kai Barger (HAV) e Pauline Ado (FRA) na Austrália
2007: Pablo Paulino (BRA) e Sally Fitzgibbons (AUS) na Austrália
2006: Jordy Smith (AFR) e Nicola Atherton (AUS) na Austrália
2005: Kekoa Bacalso (HAV) e Jessi Miley-Dyer (AUS) na Austrália
2004: Pablo Paulino (BRA) na Austrália
2003: Adriano de Souza (BRA) na Austrália
2002: não realizado por falta de datas
2001: Joel Parkinson (AUS) na Austrália
2000: Pedro Henrique (BRA) no Havaí
1999: Joel Parkinson (AUS) no Havaí
1998: Andy Irons (HAV) no Havaí
Sobre a World Surf League: A World Surf League (WSL) promove as principais competições de surfe, coroando os campeões mundiais desde 1976, com os melhores surfistas do mundo se apresentando nas melhores ondas do mundo. A WSL é composta por uma divisão de Circuitos e Competições, que supervisiona e opera mais de 180 eventos globais a cada ano; pela WSL WaveCo, que produz as melhores ondas artificiais de alta performance; e pela WSL Studios, com produções independentes de conteúdos e projetos com e sem roteiros. Para mais informações, visite o site da WSL
Por João Carvalho
WSL Latin America Media Manager
* Com informações da Casa do Bom Conteudo