MUNDIAL DE SURFE: CHUMBINHO, FILIPE E MEDINA NAS QUARTAS DE FINAL DO WESTERN AUSTRALIA MARGARET RIVER PRO
Filipe Toledo e Gabriel Medina disputam a primeira vaga nas semifinais - João Chumbinho enfrenta o australiano Connor O´Leary -- Próxima chamada somente na terça, segunda-feira no Brasil
Filipe Toledo avança para as quartas de final, na 5ª etapa do CT - (Crédito: Cait Miers/World Surf League)
Três brasileiros passaram para as quartas de final do Western Australia Margaret River Pro, em mais um dia de ótimas ondas de 6-8 pés no Main Break de Margaret River, na Austrália. Os campeões mundiais, Filipe Toledo e Gabriel Medina, vão disputar a primeira vaga para as semifinais e o líder do ranking, João Chianca, o Chumbinho, enfrenta o australiano Connor O´Leary no duelo seguinte. Neste domingo também foram definidas as semifinais femininas e o grupo das top-10 que seguem competindo na segunda metade do World Surf League (WSL) Championship Tour (CT).
Agora, só precisa de mais um dia de boas ondas para finalizar o Western Australia Margaret River Pro, com transmissão ao vivo pelos canais Sportv e pelo site da WSL. Como as previsões indicam que as condições estarão desfavoráveis na segunda-feira, a próxima chamada foi marcada para às 7h15 da terça-feira na Austrália, 20h15 da segunda-feira no Brasil. As quartas de final vão abrir o último dia e com um duelo brasileiro de campeões mundiais, do defensor do título, Filipe Toledo, com o tricampeão, Gabriel Medina.
Os dois já se enfrentaram 12 vezes em baterias do CT e o placar está 9 a 3 para Medina. As últimas vitórias foram na decisão do título mundial de 2021 no Rip Curl WSL Finals, quando Gabriel conquistou o tricampeonato ganhando as duas primeiras baterias da melhor de três, nas ondas de Trestles, na Califórnia. No ano passado, no mesmo lugar, Filipe chegou na decisão de novo para ganhar seu primeiro título mundial, em outra final brasileira com Ítalo Ferreira.
Neste domingo, em Margaret River, Filipe Toledo abriu as oitavas de final destruindo a sua primeira onda, com uma série de batidas e rasgadas executadas com pressão e velocidade. Os juízes deram nota 8,17 para o brasileiro, que dominou toda a bateria. O sul-africano Jordy Smith começou com nota 6,00 e sua melhor onda valeu 7,77. Mas, Filipe somou uma nota 6,03 para vencer por 14,20 a 13,80 pontos.
As oitavas de final do Western Australia Margaret River Pro foram disputadas no sistema “overlapping heats”, com duas baterias acontecendo simultaneamente. Gabriel Medina entrou na segunda com o italiano Leonardo Fioravanti e também largou na frente, com nota 7,33 das suas manobras explosivas de backside nas direitas de Main Break. Ele repetiu a dose para somar 7,23, na vitória por 14,56 a 11,60 pontos. Essa foi a primeira vez na temporada, que Medina consegue passar para as quartas de final. Nas outras quatro etapas, ficou nas oitavas.
“Está bonito lá fora, o dia está lindo e as ondas estão muito boas hoje (domingo)”, destacou Gabriel Medina. “As ondas estavam ótimas na bateria e estou me sentindo muito confiante nesse evento. Estou me concentrando bastante na estratégia de cada bateria. Após um início meio lento este ano, estou começando a sentir que estou voltando a surfar como antes. É uma sensação muito boa e já estou ansioso para competir com o Filipe (Toledo). Certamente, vai ser uma grande bateria e que vença o melhor.”
Líder do ranking - Mais três brasileiros disputaram classificação para as quartas de final em confrontos diretos com australianos e o placar terminou em 2 a 1 para os donos da casa. O líder do ranking, João Chianca, não começou bem a sua bateria contra Callum Robson, mas reagiu e no final conseguiu a maior nota, com seu ataque de frontside ganhando nota 8,33. Ela foi decisiva para confirmar a vitória por uma pequena diferença de 14,66 a 14,13 pontos.
Essa é a primeira vez que Chumbinho está competindo com a lycra amarela de número 1 da World Surf League e vem fazendo grandes apresentações nas ondas excelentes de Main Break. O único que pode lhe tirar a primeira posição no Margaret River Pro é o atual campeão mundial, Filipe Toledo. A disputa pela ponta pode até acontecer em um confronto direto entre eles nas semifinais, caso Filipe passe por Medina e João Chianca por Connor O´Leary.
Austrália 2 X 1 Brasil - Connor conquistou a primeira vitória da Austrália sobre o Brasil neste domingo de altas ondas, em Margaret River. Yago Dora não conseguiu achar as melhores, com potencial para usar a potência do seu backside, como vinha fazendo até chegar nas oitavas de final. Ele então arriscou os aéreos, mas sem aterrissar dos mais altos e Connor O´Leary venceu por 12,86 a 10,10 pontos, somando 6,83 com 6,03 em duas ondas seguidas.
O tira-teima que definiu a vantagem da Austrália por 2 a 1 do Brasil, veio no duelo do campeão mundial Ítalo Ferreira com Ethan Ewing, que chegou em Margaret River embalado pelo título no Rip Curl Pro Bells Beach. O australiano escolheu as melhores ondas que entraram na bateria e foi aumentando o placar a cada apresentação. Começou com 6,83, ganhou 7,10 na segunda onda, 7,23 na terceira e 8,07 na quarta e última. Ítalo tinha feito os recordes do dia no sábado, porém não conseguiu repetir o desempenho e acabou derrotado por 15,30 a 13,30 pontos.
Top-10 definidas - O domingo começou pela segunda metade das oitavas de final femininas, com a bicampeã mundial Tyler Wright e a jovem californiana Caroline Marks se destacando. Tyler derrotou a francesa Johanne Defay por 16,16 pontos e Caroline ganhou a última vaga para as quartas de final somando 17,27 pontos, contra a costa-ricense Brisa Hennessy. Com a eliminação em nono lugar, Brisa acabou sendo cortada da elite em Margaret River.
No ano passado, a surfista da Costa Rica chegou a disputar o título mundial no Rip Curl WSL Finals, que foi vencido por Stephanie Gilmore. A australiana passou pela havaiana Gabriela Bryan e confirmou sua permanência no grupo das top-10 que segue disputando a segunda metade da temporada, já com vaga confirmada no CT de 2024. Restava então uma vaga, que foi definida nas quartas de final, que fecharam o domingo na Austrália.
Nova líder - A convidada do Margaret River Pro, Bronte Macaulay, derrotou Molly Picklum na primeira bateria e Tyler Wright lhe tirou a liderança do ranking com a vitória sobre a octacampeã mundial, Stephanie Gilmore. Mas, quem brilhou no fim do dia foi a pentacampeã Carissa Moore, que fez os recordes do campeonato, somando notas 9,63 e 8,50 na vitória por 18,13 a 15,56 pontos sobre a californiana Lakey Peterson, que garantiu seu nome nas top-10.
A última que poderia entrar neste grupo, era a experiente Sally Fitzgibbons, na bateria que fechou o domingo. Mas, a norte-americana Caroline Marks fez mais uma grande apresentação, conseguindo notas 7,00, 7,67 e 8,83, que selou a vitória por uma larga vantagem de 16,50 a 9,66 pontos. Com a derrota de Sally Fitzgibbons, a havaiana Bettylou Sakura Johnson ficou com a última vaga para o CT 2024 e segue participando da segunda metade da temporada.
O Western Australia Margaret River Pro é realizado com patrocínios de Tourism WA, Shiseido, YETI, Red Bull, True Surf, Surfline, Apple TV, Augusta Shire, Boost Mobile, Bonsoy, Harvey Norman, Bond University, Oakberry, Coopers, Rusty, GWM, Healthway, Bailey Ladders, Hydralyte e Bioglan. Esta quinta etapa do World Surf League Championship Tour 2023 é transmitida ao vivo nos canais SporTV e Globoplay e pelo site da WSL. e Aplicativo e Canal da WSL no YouTube.
PRÓXIMAS BATERIAS DO MARGARET RIVER PRO:
QUARTAS DE FINAL - 5.o lugar com US$ 16.000 e 4.745 pontos:
1.a: Filipe Toledo (BRA) x Gabriel Medina (BRA)
2.a: João Chianca (BRA) x Connor O´Leary (AUS)
3.a: Griffin Colapinto (EUA) x Barron Mamiya (HAV)
4.a: Ethan Ewing (AUS) x John John Florence (HAV)
SEMIFINAIS - 3.o lugar com US$ 25.000 e 6.085 pontos:
1.a: Carissa Moore (HAV) x Bronte Macaulay (AUS)
2.a: Tyler Wright (AUS) x Caroline Marks (EUA)
RESULTADOS DO DOMINGO EM MARGARET RIVER (23/4)
OITAVAS DE FINAL - 9.o lugar com US$ 13.500 e 2.610 pontos (feminino)
5.a: Tyler Wright (AUS) 16,16 x 12,17 Johanne Defay (FRA)
6.a: Stephanie Gilmore (AUS) 14,83 x 14,40 Gabriela Bryan (HAV)
7.a: Sally Fitzgibbons (AUS) 12,66 x 11,27 Caitlin Simmers (EUA)
8.a: Caroline Marks (EUA) 17,27 x 12,77 Brisa Hennessy (CRC)
QUARTAS DE FINAL - 5.o lugar com US$ 16.000 e 4.745 pontos:
1.a: Bronte Macaulay (AUS) 11,04 x 10,50 Molly Picklum (AUS)
2.a: Carissa Moore (HAV) 18,13 x 15,56 Lakey Peterson (EUA)
3.a: Tyler Wright (AUS) 14,36 x 9,84 Stephanie Gilmore (AUS)
4.a: Caroline Marks (EUA) 16,50 x 9,66 Sally Fitzgibbons (AUS)
OITAVAS DE FINAL - 9.o lugar com US$ 13.500 e 2.610 pontos (masculino)
1.a: Filipe Toledo (BRA) 14,20 x 13,80 Jordy Smith (AFR)
2.a: Gabriel Medina (BRA) 14,56 x 11,60 Leonardo Fioravanti (ITA)
3.a: João Chianca (BRA) 14,66 x 14,13 Callum Robson (AUS)
4.a: Connor O´Leary (AUS) 12,86 x 10,04 Yago Dora (BRA)
5.a: Griffin Colapinto (EUA) 15,10 x 14,06 Liam O´Brien (AUS)
6.a: Barron Mamiya (HAV) 13,10 x 10,33 Ryan Callinan (AUS)
7.a: Ethan Ewing (AUS) 15,30 x 13,30 Italo Ferreira (BRA)
8.a: John John Florence (HAV) 16,93 x 10,70 Matthew McGillivray (AFR)
Sobre a World Surf League: A World Surf League promove as principais competições de surfe, coroando os campeões mundiais desde 1976, com os melhores surfistas do mundo se apresentando nas melhores ondas do mundo. A WSL é composta por uma divisão de Circuitos e Competições, que supervisiona e opera mais de 180 eventos globais a cada ano; pela WSL WaveCo, que produz as melhores ondas artificiais de alta performance; e pela WSL Studios, com produções independentes de conteúdos e projetos com e sem roteiros. Para mais informações, visite o site da WSL.
João Carvalho
WSL Latin America Media Manager
* cCom informações da Casa do Bom Conteúdo