Brasil conquista prata no Parapan de Jovens em Bogotá com campista no elenco
O Parapan de Jovens marca uma nova fase do basquetebol em cadeira de rodas, visando o desenvolvimento dos atletas e da modalidade no país.
Foto: Cinthia Carneiro / Divulgação
O Brasil foi vice-campeão no Parapan de Jovens em Bogotá, na Colômbia, conquistando a medalha de prata na competição do Basquete de Cadeira de Rodas, que teve no elenco da Seleção Brasileira o campista Kewin da Conceição, escalado para compor o time, e o treinador Maurício Lemos. O Parapan de Jovens marca uma nova fase do basquetebol em cadeira de rodas, visando o desenvolvimento dos atletas e da modalidade no país.
Nesta terça-feira (13), Kewin foi recebido na Fundação Municipal de Esportes (FME) pelo presidente Luciano Viana e pelo vice-presidente, Sandro Moura. “Nosso atleta Kewin é um campista, que esteve disputando o Parapan na Colômbia. A gente fica muito feliz de estar podendo proporcionar aos atletas campistas esse apoio – disse Luciano Viana.
O jovem também falou sobre a experiência de representar Campos com a camisa da Seleção Brasileira. “Foi muito boa essa experiência. Foi minha primeira viagem internacional representando a cidade de Campos compondo a Seleção Brasileira Sub-21. Foi uma experiência muito incrível”, destaca Kewin.
- Parabéns pelo resultado e por essa luta, pelo esporte. Que Campos tenha mais atletas como você, pontuando e levando o nome da nossa cidade. Em nome do nosso prefeito Wladimir Garotinho e da Fundação de Esportes, conte com a gente – disse o vice-presidente, Sandro Moura.
Kewin da Conceição Ribeiro, 16 anos, aluno do segundo ano do ensino médio, morador do Novo Eldorado, não surgiu no basquete por acaso. Tudo começou quando estava em Macaé e foi ao Ginásio Juquinha ver uma apresentação da modalidade que abraçaria tempos depois. O menino gostou tanto que, numa conversa com um dos atletas, foi informado que em Campos também existia uma equipe. Primeiro teve que convencer a mãe Girlane a levá-lo e depois entrar no grupo e se adaptar à nova prática. Mas, o menino, com 10 anos naquela época, já sabia o que queria, e após o período de adaptação, só evoluiu basquete e ganhou respeito e espaço na ONG Esporte Sem Fronteira.
Kewin ainda era bebê quando sofreu a primeira intervenção cirúrgica em função de artogripose múltipla congênita. Trata-se de falta de movimentação do bebê no útero, causando-lhe anomalia antes do nascimento, resultando na limitação dos movimentos.
A ideia de se fazer a ONG Esporte Sem Fronteira veio em 1997, quando o então coordenador da Universidade Salgado de Oliveira, Isac Ventapani, convidou o professor Maurício Lemos a dar aulas sobre a matéria Ginástica Especial. Era uma época de pouca informação, pois não haviam livros especializados e muito menos a facilidade da internet. Numa visita ao Comitê Paralímpico Brasileiro o professor Mauricio encontro a acolhida do diretor Kleber Veríssimo e do atleta paralímpico Anderson Lopes. Ali, após vivenciar situações e colher uma série de matérias, sentiu a necessidade de Campos ter uma instituição para promover esporte para esse público.
* Com informações da Secom Campos dos Goitacazes