Classificação histórica e novos desafios: Reinaldo projeta próximas batalhas do Maricá F.C

Técnico faz balanço da campanha do Tsunami na Série D, analisa o confronto contra a Aparecidense e comenta a estreia na Copa Rio

Com três títulos e uma classificação histórica na Série D, Reinaldo tem início de carreira promissor no comando do Maricá F.C - Foto:Bruno Maia / Comunicação Maricá F.C

Por Chico Silva & Lucas Silva

Em um momento histórico para o Maricá Futebol Clube, o técnico Reinaldo faz um balanço da campanha na primeira fase da Série D, que garantiu a equipe entre os 32 classificados para a próxima etapa da competição nacional. O Tsunami se tornou o único representante do Rio de Janeiro no torneio, já que Nova Iguaçu e Boavista foram eliminados. Em entrevista exclusiva, o treinador destacou a regularidade do time ao longo das 14 rodadas, comentou os desafios enfrentados até aqui e projetou os compromissos decisivos: o confronto mata-mata contra a Aparecidense — equipe que fez a melhor campanha geral na Série D — e a sequência da Copa Rio, em que o Maricá defende o título conquistado no ano passado e estreou com vitória por 3 a 0 sobre o Petrópolis, no jogo de ida, ontem, em Caxias. A partida de volta será na próxima quarta-feira, no Estádio João Saldanha, em Maricá.

 

É um feito histórico para o clube. Uma classificação no primeiro ano jogando uma Série D, em uma chave muito difícil. Fomos muito regulares. Saímos apenas uma rodada do G4 e terminamos dois pontos à frente do quinto colocado.”

 

O Maricá F.C conquistou uma classificação histórica na Série D. Qual a avaliação geral da participação da equipe no campeonato?
Reinaldo: O balanço é muito positivo. É mais um momento marcante com a camisa do Maricá F.C. Conseguimos a classificação logo no nosso primeiro ano de Série D, em um grupo muito equilibrado. Fomos consistentes: saímos apenas uma rodada do G4 ao longo das 14 rodadas e terminamos dois pontos à frente do quinto colocado.

 

O que mais te surpreendeu positivamente no time nessa primeira fase?
Reinaldo: Para ser sincero, nada me surpreendeu. Conheço bem esse grupo — já vou para a minha terceira temporada aqui — e sei o que cada atleta pode entregar. O que me deixa feliz é ver a evolução do time a cada partida. Claro que tivemos um jogo ruim, como contra o Rio Branco, e isso é responsabilidade minha. Cabe a mim corrigir os erros.

Reinaldo ao lado de sua comissão técnica durante treino no Estádio João Saldanha - Foto: Paulinne Carvalho / Comunicação Maricá F.C

 

Quais foram os maiores desafios até aqui?
Reinaldo: São muitos. Enfrentamos grandes equipes, todas são SAF, viajamos para Minas, Espírito Santo e São Paulo, lidamos com lesões, gramados ruins... Mas isso faz parte e todo mundo passa por isso. O importante é que superamos tudo com um grupo forte mentalmente. Fomos competentes.

 

O fato de ser o único time do Rio na Série D aumenta o peso e a responsabilidade da equipe?

Reinaldo: É um orgulho e, ao mesmo tempo, uma grande responsabilidade. Vivemos um momento único. Levar o nome do Maricá F.C e do Rio para o cenário nacional é especial. Isso é mérito dos nossos atletas, que são os protagonistas, e da nossa torcida, que nos apoiou mesmo nos momentos difíceis. Essa união está trazendo frutos importantes.

 

 

“É um momento único e de muita alegria. Levar o nome do Maricá FC e do Rio de Janeiro para o cenário nacional é muito especial. Isso é mérito total dos nossos atletas, que são os protagonistas, e do nosso torcedor, que esteve com a gente até nos momentos mais difíceis. Essa união está trazendo frutos importantes para o clube”

 

 

Houve algum momento que foi uma virada de chave para o time?

Reinaldo: Acho que todos foram tratados como finais. Tivemos tropeços, como contra Portuguesa e Água Santa em casa, mas mantivemos a mentalidade forte. Quando não vencemos, eu assumo. Cabe ao treinador deixar o time leve, confiante e pronto para competir.

 

O que essa classificação representa para você, pessoalmente?
Reinaldo: É essencial. Sou grato a Deus, à diretoria e, principalmente, aos jogadores. Esse é meu primeiro clube como técnico principal. Em dois anos, já são três taças, permanência na primeira divisão do Carioca e agora essa classificação histórica. Isso valoriza nosso trabalho.

 

E agora vem a Aparecidense. O que esperar desse confronto?
Reinaldo: Vamos enfrentar uma grande equipe, a melhor da fase de grupos. Muito bem treinada pelo meu amigo Lúcio Flávio. Mas agora começa tudo do zero. Sabemos da nossa força jogando em casa e vamos com tudo, respeitando o adversário, mas confiantes no nosso potencial.

Técnico entre o zagueiro João Victor e seu fiel escudeiro, o auxiliar técnico Alex Danelon (de óculos escuros) - Foto:Paulinne Carvalho / Comunicação Maricá F.C

 

Você e Lúcio Flávio, atual técnico da Aparecidense, jogaram juntos. Como será esse reencontro agora como técnicos?

Reinaldo: Um motivo de orgulho. Jogamos juntos em alguns clubes. (São Paulo, Santos, Botafogo). Hoje, ele vem fazendo um ótimo trabalho. Vai ser bom recebê-lo aqui. São dois treinadores em início de carreira, estudando e se preparando. Quem ganha com isso é o futebol.

 

Tem alguma história curiosa com ele?
Reinaldo: Acho que não. O Lúcio sempre foi um cara mais reservado, tranquilo. Não era dos mais resenheiros. Mas foi um grande amigo que o futebol me deu. Bate uma saudade da época de vestiário.



Qual a estratégia para esse duelo de 180 minutos?
Reinaldo: Inteligência. Temos que fazer um bom jogo em casa, mas sem se expor demais. Lá em Aparecida vai ser difícil, e um mau resultado aqui pode complicar. Vamos manter nossa organização e contar com a força da nossa torcida.

 

E a Copa Rio? O que representa defender esse título?
Reinaldo: É uma responsabilidade prazerosa. Significa que já fomos campeões. Foi um momento marcante e é uma competição que gostamos muito. Vamos com vontade e respeito aos adversários.

 

O que mudou no time desde o título do ano passado?
Reinaldo: Evoluímos fisicamente, mentalmente e taticamente. Tivemos mudanças no elenco, chegaram novos jogadores, mas todos muito inteligentes, que entenderam rápido nosso estilo. Isso facilita meu trabalho.

 

A Copa Rio pode abrir caminho para voos maiores?
Reinaldo: Sem dúvida. Estamos na Série D justamente por termos sido campeões da Copa Rio no ano passado. Ela abre portas para a Copa do Brasil ou outra Série D. É um torneio importantíssimo, e vamos em busca do bicampeonato.

 

Você pretende rodar o elenco para equilibrar o time nas duas competições?
Reinaldo: Todos aqui têm condição de jogar. Escalo quem considero o melhor para cada jogo, com base na estratégia. O foco é sempre honrar a camisa do Maricá F.C e dar alegrias à nossa torcida.

Reinaldo em ação no banco do Tsunami - Foto: Paulinne Carvalho / Comunicação Maricá F.C

*Com informações Avenida Comunicação/Ascom Maricá FC 

 

 

 

Comentários