Dia do Atletismo: Como o Time Brasil vem para os Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028?
Com nomes consolidados, novos talentos e investimentos em infraestrutura, país vive um momento promissor na modalidade
Caio Bonfim cruza a linha de chegada, na marcha atlética, no Mundial de Atletismo, disputado em Tóquio, na primeira posição - Fernanda Paradizo/CBAt
No Dia do Atletismo, celebrado nesta quinta-feira (9), o esporte-base do movimento olímpico volta a ficar no centro das atenções. A grande pergunta é como o Brasil está se preparando para as Olimpíadas. Após um ano completo do ciclo olímpico para os Jogos de Los Angeles 2028, alguns nomes parecem se consolidar como destaques em suas provas, além, é claro, da possibilidade de surgimento de novos talentos.
Para Los Angeles-28, uma das novidades será a antecipação das provas de atletismo para a primeira semana. Tradicionalmente disputadas na parte final dos Jogos, as provas terão um novo posicionamento no cronograma.
A alteração exigirá ajustes importantes na preparação das delegações, que terão de antecipar o pico de performance e revisar estratégias de aclimatação e treinamento.
O Time Brasil deverá chegar a este novo ciclo com nomes de peso e resultados expressivos. Alison dos Santos, o “Piu”, segue como um dos principais expoentes do atletismo mundial. Medalhista olímpico em Paris 2024 e prata no Mundial de 2025, nos 400 metros com barreiras, o paulista se mantém entre os melhores do mundo.
Outro destaque é Caio Bonfim, referência da marcha atlética. O brasiliense conquistou a prata nos 20km em Paris e, em 2025, fez história ao subir ao topo do pódio no Mundial de Tóquio, resultado que consolidou a melhor campanha do país em mundiais.
Entre as mulheres, Valdileia Martins, do salto em altura, desponta como uma das atletas mais regulares do circuito nacional, sendo eleita pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) uma das melhores do ano, em 2024.
Medalhista de ouro no salto em distância nos Jogos de Pequim 2008 e primeira mulher brasileira campeã olímpica em prova individual, Maurren Maggi é uma das vozes mais respeitadas do esporte. Embaixadora da Recoma, empresa referência em infraestrutura esportiva, a campeã crê que o momento é de reforçar a estrutura e investir em novos talentos. “O Brasil precisa apostar com consistência nos jovens e garantir que eles tenham acesso à estrutura e à orientação adequadas. O resultado de uma medalha olímpica começa anos antes, na base, com planejamento e paciência”, explica Maurren.
A campeã destaca ainda que o atletismo brasileiro vive uma geração promissora, mas que “a continuidade do trabalho será fundamental para transformar potencial em medalhas”.
No início deste mês, o atletismo brasileiro esteve no Campeonato Pan-Americano Sub-20, na pista do El Salitre, em Bogotá, Colômbia, e faturou 11 medalhas (seis de ouro e cinco de prata). Com uma equipe de 13 atletas, o Time Brasil teve um excelente aproveitamento na competição, realizada entre os dias 3 e 5.
De quebra, viu Alessandro Soares Borges, de 18 anos, vencer o arremesso do peso com 19,74 m, índice que o garantiu para o Campeonato Mundial Sub-20 de 2026 (a marca de qualificação fixada pela World Athletics é 18,30 m - o peso da categoria é de 6 kg). Além dele, Rafael Modesto, com a medalha de prata e a marca de 18,72 m, também fez índice para o Mundial, que vai acontecer em 2026, nos Estados Unidos.
Principal empresa produtora de pistas e instalações de atletismo na América Latina, a Recoma tem papel decisivo no crescimento da modalidade no país. A empresa possui certificação da World Athletics (antiga IAAF) em seus pisos e defende que o investimento em infraestrutura é parte essencial da evolução técnica dos atletas.
“Queremos oferecer experiências de excelência e, ao mesmo tempo, destacar a importância de instalações esportivas de alto nível. Sem infraestrutura adequada, o desenvolvimento pleno do atleta fica comprometido”, avalia Sergio Schildt, presidente da empresa.
Nos últimos anos, a Recoma ampliou sua presença em centros de treinamento e arenas esportivas no Brasil, com pistas homologadas que seguem padrões internacionais — base fundamental para o surgimento de novos talentos.
Com resultados expressivos, uma geração talentosa e o fortalecimento da estrutura esportiva, o Brasil entra em um novo ciclo olímpico com perspectivas otimistas.
Alison dos Santos foi prata no Mundial de Tóquio, nos 400 m com barreiras - Fernanda Paradizo/CBAt
Paralímpico também faz história
No atletismo paralímpico, o Brasil também viveu recentemente o melhor momento de sua história ao terminar o mundial de 2025, em Nova Déli, na Índia, na primeira posição. O país reafirmou a força e a consistência do trabalho desenvolvido pela equipe multidisciplinar do Comitê Paralímpico Brasileiro e foi ao pódio 44 vezes, sendo 15 ouros (dois a mais que a China, segunda colocada geral), 20 pratas e nove bronzes.
*Com informações Press FC