Córrego do Ouro e Glicério sofrem punição e estão fora das semifinais

Liga acata as denúncias de escalação irregular de jogadores e, com isso, Independente Sinditob estão nas semifinais da Série A

Córrego do Ouro, que venceu o Independente por 4 a 2, foi desclassificado da competição (Fotos: Tiago Ferreira)

 

TIAGO FERREIRA / ESPORTE PRESS BRASIL

 

Reviravolta na Série A do Campeonato Alternativa Macaense Amador. Após terem vencido suas partidas nas quartas-de-finais, Córrego do Ouro e Glicério foram desclassificados da competição. As duas equipes foram punidas após a reunião realizada na noite desta quinta-feira (18), na sede da Liga Macaense de Desportos (LMD).

A entidade acatou as denúncias oferecidas por Independente e Sinditob, que acusaram as duas equipes de terem escalado jogadores de forma irregular justamente em seus jogos nas quartas-de-finais. O Córrego do Ouro havia goleado o Independente por 4 a 2 e o Glicério derrotou o Sinditob por 13 a 12 nos pênaltis após empate em 2 a 2 no tempo normal. Com a punição, ambos os clubes foram declarados perdedores pelo placar de 3 a 0, como prevê o regulamento.

Com a decisão, muda toda a configuração das semifinais do campeonato. Agora, o Independente enfrenta o Fúria neste domingo (21), às 11h, no Expedicionário, e o Sinditob mede forças com o Bengala, às 13h, no mesmo dia e local. Os vencedores fazem a final do Amador no dia 28.

Entenda como ocorreu
o julgamento dos casos

Após receber as denúncias, a Liga Macaense de Desportos (LMD) convocou uma reunião apenas com os oito clubes envolvidos nas quartas-de-finais. Os dois clubes foram enquadrados no Artigo 7º (Capítulo VI) do regulamento, que diz que “é vedada a participação de atletas profissionais com registro no BIRA da FFERJ e/ou BID da CBF com contrato vigente com qualquer clube profissional no período desta competição”.

O primeiro julgamento foi do Córrego do Ouro, acusado pelo Independente de escalar o volante Vampeta (Guilherme Rodrigues) de forma irregular. Representado pelo presidente Paulo Sérgio Ribeiro, o Córrego do Ouro se defendeu dizendo o atleta não tinha vínculo com o antigo clube (o Tocantinópolis/TO) desde o dia 24 de junho.

Camisa 8 do Córrego do Ouro, volante Vampeta (Guilherme Rodrigues) em ação contra o Independente

 

Porém, em seu despacho, o presidente da LMD, Wanderson Agostinho, disse que o jogador foi inscrito pelo Córrego do Ouro como amador em 1º de março e, no dia 12 do mesmo mês, ganhou a condição de atleta profissional na equipe de Tocantins.

– Ele saiu da condição de amador para profissional durante o período da competição, o que é proibido pelo regulamento. Como as inscrições para o campeonato se encerraram no dia 15 de março, ele não poderia ganhar novamente a condição de amador após este prazo – argumentou Wandinho.

Após ler a sua decisão, o presidente da Liga colocou o texto em votação e, de forma unânime (4 a 0), o Córrego do Ouro foi punido.

Logo em seguida, aconteceu o julgamento do Glicério, denunciado pelo Sinditob de escalar, sem condições de jogo, o lateral-direito Carlos Marcos Rangel da Silva. Apesar de o atleta ter contrato ativo no BID da CBF com o Guarany/RS até o dia 31 de julho, o presidente do Glicério, Josemar Emerick, apresentou como prova a carteira de trabalho do atleta.

Lateral-direito Marcos Rangel, da equipe do Glicério

 

– O contrato do nosso jogador foi rescindido no dia 19 de abril e, quando ele foi inscrito na Liga, ainda era amador – disse Josemar, apresentando ainda em sua defesa vários outros casos de jogadores profissionais que participam do campeonato por outras equipes.

Entretanto, o presidente da LMD explicou que, apesar da similaridade das denúncias, no caso do Glicério há o agravante de o atleta ainda ter contrato ativo com um clube profissional.

– A apresentação da carteira de trabalho comprova somente a rescisão trabalhista, mas o nosso regulamento é bem claro. O jogador tem contrato ativo no BID, provando assim que não houve o fim do vínculo desportivo. Além disso, ele seria enquadrado conforme a denúncia do Córrego do Ouro. Ele ganhou a condição de profissional durante o campeonato e não poderia voltar a ser amador após o fim do período de inscrição – explicou Wandinho.

Desta vez, não houve unanimidade entre os clubes votantes, mas por maioria de votos (3 a 1) o Glicério foi punido. O único que votou pela absolvição foi o Unidos da Aroeira.

Só tiveram direito a voto os quatro clubes não interessados diretamente com os casos: Bengala, Fúria, Paraíso e Aroeira. Independente e Sinditob, impetrantes das denúncias, e os réus Córrego do Ouro e Glicério não puderam votar.

>> Como ficou a tabela das semifinais (21/07):

JOGO E – Independente x Fúria (11h – Expedicionário)
JOGO F – Bengala x Sinditob (13h – Expedicionário)

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