Daniel Azevedo assume a presidência da CBVela e projeta continuidade do crescimento da vela brasileira

A eleição ocorreu na sede da CBVela, na Marina da Glória

Foto reprodução: Bradart Comunicação

Por Deborah Ferreira Goi

A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) anunciou oficialmente os novos nomes que vão liderar o ciclo de 2025 a 2028, ano dos próximos Jogos Olímpicos, em Los Angeles.  O cearense Daniel Nottinghan Benevides Azevedo, que ocupava o cargo de vice-presidente, assume a presidência da entidade, dando continuidade a uma gestão que tem se destacado pelo crescimento e popularização da vela no Brasil. Ao seu lado, Karina Geyer, ex-diretora de vela jovem e agora vice-presidente, torna-se a primeira mulher a ocupar esse posto, reforçando o compromisso da Confederação com a igualdade de gênero.

A eleição ocorreu por aclamação e foi formalizada em Assembleia Geral Ordinária, realizada no dia 17 de dezembro de 2024, na sede da CBVela, na Marina da Glória. Já a passagem de bastão oficial ocorre durante a realização da XXXI Copa da Juventude, nesta semana no Veleiros do Sul, em Porto Alegre.

A nova gestão chega com o compromisso de fortalecer ainda mais a modalidade, tanto no alto rendimento quanto na democratização do acesso ao esporte. Com uma trajetória sólida na vela e uma visão ampla sobre os desafios nacionais, Daniel Azevedo planeja avanços em diversas frentes.

Foto reprodução: Bradart Comunicação

 

Trajetória e paixão pela vela

Daniel, que já tem larga experiência em gestão esportiva, esteve à frente da Diretoria Técnica da Federação de Vela do Ceará, faz parte do Conselho de Desporto do Ceará, já foi Vice Comodoro do Iate Clube de Fortaleza, e atualmente conduz os projetos sociais da FVMEC .O novo presidente começou sua história na vela aos nove anos, na Classe Optimist, por influência de amigos e da família. Migrou para a Classe Laser Radial (atual ILCA 6), ao mesmo tempo em que atuava como técnico. Com o passar dos anos, sua experiência se expandiu para diversas classes, como Hobie Cat 16, kitesurf e Dingue, além da participação em competições como a Regata Recife-Fernando de Noronha (REFENO).

"Desde que a vela entrou na minha vida, não consegui mais me afastar. Aprendi tanto e amadureci com esse esporte, que sempre busquei proporcionar essa mesma oportunidade a outras pessoas", destaca Daniel.

Assumir a presidência da CBVela é, para Daniel, uma grande responsabilidade. "Nunca sonhei em ocupar esse cargo, mas o desafio foi apresentado e vou atuar com o máximo de   empenho, dedicação e profissionalismo.  Fico extremamente honrado e farei o meu melhor pela vela brasileira", afirma.    

Entre as prioridades da nova gestão está o fortalecimento da vela de alto rendimento, que consolidou o Brasil como referência mundial, com nomes icônicos da vela,  e o crescimento da modalidade de base. "Precisamos promover a vela em todas as suas vertentes, da vela jovem à de oceano, da vela adaptada às embarcações tradicionais. Quanto mais brasileiros se apaixonarem pelo esporte, mais forte será nosso alto rendimento." Reforçou o presidente.

A nova vice-presidente, Karina Geyer, figura reconhecida no ambiente da vela por seu trabalho junto às novas gerações, também recebe o desafio com determinação. “Vamos continuar o excelente trabalho já realizado e apoiar o presidente Daniel e toda a equipe na superação dos novos desafios”, declara.

Daniel Azevedo e Marco Aurelio de SaRibeiro - Foto reprodução: Bradart Comunicação

 

Democratização e inclusão na vela

A CBVela iniciou, em 2024, o projeto "Velejando para o Futuro", que busca ampliar o acesso à vela, especialmente entre jovens de comunidades carentes. "A ideia é expandir essa iniciativa para todos os estados, em sintonia com os projetos sociais locais. Queremos que mais pessoas tenham acesso ao esporte e permaneçam velejando, seja no mar ou em águas interiores", explica Daniel.

A formação de novos profissionais também é uma das metas da gestão. A CBVela pretende intensificar a capacitação de instrutores, monitores, oficiais de regata e juízes por meio da Academia Brasileira de Vela, garantindo mais qualificação e estrutura para a modalidade. Além disso, a entidade planeja intensificar a realização de cursos do Programa de Formação de Oficiais de Regata, voltados para gerentes de regata, juízes e até medidores, uma novidade de 2025.

Expansão e fortalecimento das Federações Estaduais

Atualmente, a CBVela conta com 13 Federações Estaduais atuantes. O plano é expandir essa estrutura, principalmente no Norte do país, onde a vela ainda tem espaço para alcançar maior      representação formal. "As Federações são os braços da Confederação em cada região, e queremos fortalecer essa estrutura, promovendo parcerias com associações e velejadores locais", pontua o presidente.

Desenvolvimento econômico e sustentabilidade

Outro eixo fundamental para a nova gestão é o impacto econômico da vela. Grandes eventos, como campeonatos e regatas, têm potencial de movimentar o turismo e gerar empregos. "Queremos potencializar o impacto das competições, trazendo eventos internacionais e otimizando os investimentos para impulsionar a economia local", explica Daniel.

A sustentabilidade também segue como prioridade. "Criamos uma diretoria específica para tratar desse tema, garantindo que as questões ambientais, sociais e econômicas      sejam uma pauta constante nas nossas ações e eventos", destaca.

Conselho estratégico e parcerias

Para ampliar o alcance da Confederação, foi criado um Conselho Estratégico com nomes de peso da vela nacional, como Torben Grael e Robert Scheidt. "Esse conselho será essencial para traçar estratégias eficazes para o desenvolvimento do esporte, além de abrir portas junto à iniciativa privada e ao poder público", revela Daniel.

A captação de investimentos privados também está no radar. "A vela sempre foi um esporte de difícil compreensão para o grande público, o que dificultava a atração de patrocinadores. Mas com iniciativas como cursos, experiências de vela para apoiadores e eventos com transmissão qualificada, estamos conseguindo mudar esse cenário", afirma o presidente.

Com uma gestão pautada na continuidade do crescimento da modalidade, Daniel Azevedo assume a CBVela com o desafio de ampliar o acesso à vela, fortalecer sua estrutura e garantir que o Brasil continue sendo uma referência no esporte. "A vela tem um potencial imenso, e nosso objetivo é que cada vez mais brasileiros possam conhecer e se apaixonar por esse esporte maravilhoso", conclui.

* Com informações Bradart Comunicações

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