Etapa da WSL impulsiona popularidade dos esportes aquáticos no Brasil

Com Saquarema no centro do surfe mundial, país amplia interesse por modalidades que são base de projetos sociais

Créditos: Reprodução / WSL

Por Vinicius Vieira

Desde o último dia 21, Saquarema, no Rio de Janeiro, voltou a receber os melhores surfistas do planeta com a realização da 9ª etapa do Circuito Mundial de Surfe 2025. Reconhecida como a “Capital Nacional do Surfe”, a cidade é palco de um dos eventos mais importantes da temporada. Em 2024, a competição atraiu mais de 350 mil fãs e movimentou R$ 159 milhões, segundo relatório da EY. As expectativas para este ano são ainda maiores.

Esse entusiasmo não se restringe ao surfe. De acordo com o Ibope Repucom, mais de 45 milhões de brasileiros se declaram fãs da modalidade — número que reflete o crescimento dos esportes aquáticos como um todo no país. A presença de ídolos como Gabriel Medina, Ítalo Ferreira, Tatiana Weston-Webb e Luana Silva, nomes da chamada Brazilian Storm, tem sido essencial para aproximar o público e estimular a prática esportiva.

Esse fenômeno também impulsiona outras modalidades, como a vela (com Martine Grael e Kahena Kunze) e a canoagem (representada por Isaquias Queiroz e Ana Sátila). Além disso, esportes como o Stand Up Paddle vêm ganhando espaço tanto nas praias quanto em rios e lagos, contribuindo para democratizar o acesso à prática esportiva.

Na região de Itaguaí, no município de Mangaratiba (RJ), o projeto Circuito de Stand Up Paddle, realizado pela Criape em parceria com a Associação Encaminhando, oferece aulas gratuitas da modalidade. Voltado à inclusão social, o projeto já impactou dezenas de moradores por meio do esporte.

“O projeto não só incentiva a atividade física, como contribui significativamente para a melhoria da saúde dos participantes. Neste caso, o Stand Up Paddle tem sido uma ferramenta de transformação social, promovendo inclusão e crescimento pessoal”, afirma Rogério Romano, coordenador da iniciativa.

A ação é viabilizada por meio da Lei de Incentivo ao Esporte (LIE), do Governo Federal, que permite que empresas e pessoas físicas destinem parte do imposto de renda a projetos esportivos e paradesportivos em todo o Brasil.

“A Lei de Incentivo ao Esporte oferece uma oportunidade única para que empresas invistam no desenvolvimento do esporte brasileiro, contribuindo diretamente para a ampliação de projetos e o aumento da prática esportiva no país”, destaca Vanessa Pires, CEO da Brada, empresa que conecta organizações e investidores a iniciativas de impacto positivo.

*Com informações Press FC

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