Brasil é o único país presente em todas as finais da Libertadores Feminina
Corinthians e Ferroviária se enfrentam nas semifinais nesta quarta-feira (15)
Foto de Staff Images Woman/CONMEBOL
Por Maria Eduarda Caetano
A 17ª edição da Conmebol Libertadores Feminina reforça um domínio que já dura mais de uma década. Desde a criação do torneio, em 2009, o Brasil é o único país presente em todas as finais e soma 13 conquistas, este desempenho reflete tanto o investimento crescente na modalidade quanto o abismo estrutural em relação aos demais países da América do Sul.
Em 2025, a missão das representantes brasileiras é manter o país no topo e buscar o 14º troféu da história. Dentro e fora de campo, o torneio mostra a consolidação de um ecossistema mais robusto para o futebol feminino, com transmissões globais, maior interesse comercial e ações de marcas que passaram a enxergar valor na modalidade.
“É importante ver marcas apoiando o futebol feminino de forma recorrente, a modalidade precisa muito. Além da alta visibilidade e a crescente do esporte, quando se trata de ativações e interações as atletas dão um show”, explicou Renê Salviano, CEO da Heatmap, agência responsável exclusiva pela venda de todas as cotas dos jogos da modalidade em competições da CBF, incluindo Brasileirão, Supercopa, Copa do Brasil e partidas da seleção brasileira.
Nas semifinais, Corinthians e Ferroviária se enfrentam, o que assegura ao Brasil um finalista na edição de 2025. As Brabas entram em campo com o melhor atasem probelmasque da competição deste ano, somando 17 gols, sendo 6 da artilheira Gabi Zanotti. Já as Guerreiras Grenás mantém a invencibilidade com três vitórias e um empate, com boas atuações de Sissi, Julia Beatriz e Vendito.
Para Fábio Wolff, um dos idealizadores da Brasil Ladies Cup, o envolvimento de empresas tem papel central nessa evolução. “Por conta do fortalecimento do futebol feminino, observamos um grande número de companhias interessadas em apoiar a categoria. Essas parcerias conquistadas pela modalidade impulsionam o desenvolvimento do esporte dentro e fora de campo”, afirmou.
Um estudo da "Nielsen Sports", empresa de análise global de esportes, em parceria com a "PepsiCo", apontou que o futebol feminino deve se consolidar entre os cinco esportes mais consumidos do mundo até 2030, que representa um crescimento de 38%, e deve atingir mais de 800 milhões de pessoas.
Apesar dos avanços, os números ainda mostram uma dependência de recursos externos. “Ainda que sejam contínuas as reclamações relacionadas às condições do futebol feminino, ele é quase que por completo subsidiado, tanto pela transferência de recursos das federações e confederação nacional, como pela imposição de investimento dos clubes que disputam competições com equipes masculinas. Títulos de equipes de outros países dependem quase que exclusivamente de acaso, de eventos mais que improváveis, e essa proporção deve ser mantida por ao menos uma década”, analisou Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports.
A nova edição da Libertadores Feminina, portanto, veio com avanços. Em 2025, pela primeira vez, houve uso do árbitro de vídeo (VAR) em todas as partidas.
As semifinais serão disputadas nesta quarta-feira (15), com dois jogos no Estádio Florencio Sola, em Banfield, Argentina:
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Colo-Colo x Deportivo Cali, às 16h (de Brasília);
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Corinthians x Ferroviária, às 20h (de Brasília);
A final e a disputa do terceiro lugar serão no sábado (18), também no Florencio Sola, com horário a definir.
*Com informações Press FC