2020: Não deu para correr

No ano de seu Centenário a Corrida de São Silvestre é adiada

Imagem reprodução - Crédito São Silvestre

 

Da Redação do ESPORTE PRESS BRASIL

 

A principal corrida de rua da América Latina esse completa 100 anos, e justamente na data do seu centenário e em virtude da Pandemia causada pelo Covid 19, à famosa prova não vai mais acontecer na cidade de São Paulo em 2020.

Tradicionalmente Corrida de São Silvestre ocorre no dia 31 de dezembro, ultimo dia do ano. Porém com o cancelamento da prova desse ano, uma nova data foi marcada pelos organizadores.

A 96º edição da Silvestre esta prevista para ocorrer em 11 de Julho de 2021, mas pode sofrer alteração de acordo com as determinações dos órgãos públicos competentes. Em caso de mudança, as inscrições presenciais continuarão valendo automaticamente até que uma nova data seja divulgada.

 

Imagem reprodução - Crédito São Silvestre

 

Para motivar os atletas foi criado o Treinão Virtual. A modalidade visa à preparação para a prova presencia e não fins de classificatórios ou de competição coletiva.

Informações sobre inscrições, valores e datas estarão disponíveis no site oficial: www.saosilvestre.com.br

 

Prova de São Silvestre - Imagem reprodução

 

Descubra como tudo começou

História da Corrida de São Silvestre

Na década de 1920, o Brasil vivia claramente as passagens de um país dominado pelas elites agrícolas e o amplo desenvolvimento dos centros urbanos. As cidades e, principalmente, os meios de comunicação, abrigavam uma população que experimentava um ritmo de vida que se distinguia profundamente da zona rural. A esfera pública se tornava cada vez mais agitada por eventos que chamavam a atenção de milhares de pessoas.

 

Origem da Corrida de São Silvestre

No ano de 1924, o jornalista Casper Líbero voltou de uma viagem à França maravilhado com uma corrida noturna em que os competidores carregavam tochas ao longo do percurso. Empolgado com o evento e apaixonado pelo esporte, resolveu promover uma corrida a ser realizada na virada daquele mesmo ano. Em 31 de dezembro de 1924, apenas quarenta e oito dos sessenta competidores compareceram na primeira edição da Corrida de São Silvestre.

 

 Jornalista Casper Líbero  - Imagem reprodução

 

Ao longo do tempo, a competição sobreviveu ao mais variados contratempos que ameaçaram a sua existência. A Revolução Constitucionalista de 1932 e o advento da Segunda Guerra Mundial não foram suficientes para impedir que o evento anual prosseguisse e agregasse novos competidores. Com o tempo, alguns pouco estrangeiros recebiam convite para disputar a competição. O italiano Heitor Blasi, radicado no país, venceu as edições de 1925 e 1927.

 

Imagem reprodução - Arquivo São Silvestre

 

Primeiras edições e popularização da corrida

Em suas primeiras versões, a São Silvestre era realizada em 23 minutos e cruzava uma trajetória de 8,8 quilômetros. Os participantes não recebiam nenhum tipo de dieta especial e eram terminantemente proibidos de tomar água durante a prova. Carentes de um suporte especializado, os corredores utilizavam o mesmo calçado do treino para a corrida e usavam roupas que acumulavam suor em suas fibras. O improviso e a inexperiência atuavam como via de regra.

Na medida em que a competição cresceu, a São Silvestre chamou a atenção de atletas profissionais do mundo inteiro. Atualmente, um corredor profissional prepara uma alimentação rica em carboidratos e suplementos tempos antes da prova. Além disso, a hidratação ao longo da corrida se tornou um grande aliado para suportar as elevações e o desgaste naturalmente produzido pela competição. Calçados especiais e aparelhos eletrônicos monitoram o desempenho dos atletas nos 15 quilômetros de competição.

No ano de 1975, a ONU declarou aquele como sendo o Ano Internacional da Mulher. Atento ao impacto desse anúncio, a prova determinou que uma modalidade feminina também integrasse a competição. Nas primeiras vezes que isso aconteceu, homens e mulheres percorriam o trajeto em conjunto para só depois terem suas respectivas classificações em separado. Em 1989, o trajeto foi invertido, a competição passou a se realizar no período da tarde e a prova foi separada por sexo.

 

Visibilidade internacional

 

O queniano Paul Tergat é recordista e um dos maiores vencedores da São Silvestre - Imagem reprodução

 

Somente em 1991, quando a corrida passou a ter exatos 15 mil metros, foi que a Associação Internacional das Federações de Atletismo incluiu a São Silvestre no calendário internacional de provas de rua. Dois anos mais tarde, uma versão infanto-juvenil ampliou o público da competição e ganhou o nome de “São Silvestrinha”. Ainda hoje o queniano Paul Tergat é o detentor do recorde de tempo e um dos maiores vencedores da prova, com cinco vitórias.

 

 

*  Com informações de História do mundo

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