FARO disputa a Copa do Brasil de Amputados em São Paulo

Competição será realizada em Sumaré/SP, desta quinta a domingo, e equipe de Rio das Ostras busca o título inédito

Equipe do FARO busca o inédio título da Copa do Brasil de Futebol de Amputados (Foto: Divulgação)

 

TIAGO FERREIRA / ESPORTE PRESS BRASIL

 

Apesar de ser uma modalidade ainda pouco difundida, o futebol de amputados vêm ganhando cada vez mais adeptos no país. Sem relações com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), responsável por gerir não só a seleção, mas também as quatro principais divisões nacionais, a modalidade é filiada à Associação Brasileira de Desportos para Deficientes Físicos (ABDDF), que não possui recursos financeiros próprios para auxiliar os pouco mais de 20 times existentes em todo o Brasil.

Porém, com apenas dois anos de fundação, o Futebol de Amputados de Rio das Ostras (FARO) embarca nesta quarta-feira (17) para Sumaré, cidade do interior de São Paulo, querendo fazer história. A equipe busca o título inédito da Copa do Brasil. A competição tem início na quinta-feira (18) e termina no Domingo de Páscoa (21).

– O FARO será a única equipe do Estado do Rio de Janeiro nesta competição nacional. Ao todo, são 18 atletas e comissão técnica que irão representar a nossa cidade – afirmou Angel Morote, presidente do clube.

Em 2018, o FARO participou da Copa do Brasil de Futebol de Amputados e conseguiu a façanha de ter a revelação do campeonato: o camisa 10 Diego da Costa. Também na última temporada, o clube disputou o Brasileiro da Série A, na cidade de São Paulo, enfrentando equipes como o Corinthians, São Paulo, Aparecidense, Bahia, entre outras. 

– Além da inclusão social, que é o principal objetivo do nosso projeto, a participação do FARO em competições nacionais já rendeu bons frutos. Tivemos dois atletas convocados para fazer parte dos treinos da Seleção Brasileira: os meias atacantes Diego da Costa e Pedro Henrique – frisou Angel. 

O FARO conta com 24 atletas e comissão técnica. O elenco é formado por jogadores de Rio das Ostras e diversos municípios da região, como Macaé, Búzios, São Francisco de Itabapoana, Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, Cachoeiras de Macacu, Iguaba Grande e Campos. Sendo o primeiro e único time de futebol de amputados em atividade no estado, e como tal é filiado à Associação Brasileira de Desportes de Deficientes Físicos (ABDDF).

FARO é a única equipe do Rio na Copa do Brasil (Foto: Divulgação)

Em 2019, além da Copa do Brasil, a equipe pretende disputar o Brasileiro da modalidade, entre os dias 15 a 17 de novembro, em Maringá/PR; a Taça da Cidade (7 de novembro em Mogi das Cruzes/SP); a Taça Inclusão (7 de dezembro em São Paulo/SP) e a Taça Superação (data e local a serem definidos).

Colaboração

Mas, para participar de todas estas competições, o FARO pede a ajuda da população. A quantia é definida pelo doador. Os interessados em colaborar com o projeto podem fazer a contribuição na seguinte conta: Banco do Brasil – Agência: 3315-4 / Conta Corrente: 42.126-X (0) / Favorecido: Futebol de Amputados de Rio das Ostras (FARO), inscrito no CNPJ 29.657.033/0001-90.

– Além do compromisso de inclusão, tanto na parte social quanto na prática esportiva, promovemos direta e indiretamente a inserção das pessoas com deficiência física no mercado de trabalho, através de ações de conscientização dos empresários, gestores públicos e pessoas físicas – concluiu Angel.

Conheça as regras do Futebol de Amputados

A modalidade do Futebol de Amputados conta com poucas regras diferentes das praticadas por campeonatos de futebol society. As únicas regras que diferenciam a categoria do futebol de pessoas sem deficiência são:

• Os jogos são disputados em campo society, com dimensões mínimas de 60m x 38m.
• Cada equipe tem sete jogadores: o goleiro é amputado ou deficiente de um dos braços e os atletas de linha são amputados ou deficientes de uma das pernas.
• Os atletas não podem tocar na bola de forma intencional com a perna ou braço amputado.
• As partidas são divididas em dois tempos de 25 minutos, com intervalo de 10 minutos.
• Os técnicos podem pedir um tempo de um minuto para orientar seus atletas a cada etapa da partida.
• A muleta não pode tocar na bola de forma intencional.
• O tiro de meta não pode ultrapassar o meio campo.
• O goleiro não pode sair da área. Caso saia, por qualquer motivo (com a bola rolando), será advertido com cartão amarelo.
• O lateral é cobrado com o pé.
• Não há limite para substituições e os jogadores substituídos podem voltar ao jogo sem necessidade de parar o tempo, com a exceção do goleiro, que precisa que o cronômetro seja parado para ser substituído.

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